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Vilson Hepp: "Quando comecei no ano passado ouvi muitas ofensas, mas superamos tudo isso para o melhor do clube e conquistamos vitórias".

  • Foto do escritor: Luiz Henrique Berger
    Luiz Henrique Berger
  • 13 de jun. de 2024
  • 5 min de leitura

Em entrevista concedida após o registro da chapa para a eleição no São Luiz, dia 20, o atual presidente Vilson Hepp, candidato único a seguir no comando do clube por mais dois anos, respondeu a três perguntas ao repórter Luiz Henrique Berger, do tempotodo.com


Abordou a possibilidade, remota, de o clube jogar a Copa FGF deste ano. Falou sobre o impacto na Baixada com a saída, da base, do investidor Felipe Scherer e, ainda, da saída de pesos-pesados que compuseram o atual grupo diretivo, casos de Sadi Pereira, Pedro Pitol e Edemir Sebastiany.


  "Minha avaliação hoje e como futuro presidente é de que a Copinha não é viável".
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 TEMPO TODO - A tendência é de jogar a Copinha? Federação Gaúcha de Futebol já sondou, que resposta deu o são Luiz? E se ocorrer, São Luiz tem interesse ou já fica concentrado para 2025?


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VILSON HEPP - Difícil tomar essa decisão.

Contatamos entidades, parceiros e patrocinadores. Todas as respostas são negativas. FGF não colocou posição 100 % se vai ou não realizar a Copinha. Minha avaliação hoje e como futuro presidente é de que a Copinha não é viável hoje. Pelas circunstâncias ocorridas, os outros campeonatos atrasaram muito, vai chegar setembro e outubro com jogos da A2, séries C e D, uma recuperação bastante lenta. Se a decisão for de um aporte financeiro para o clube, estaremos pensando de forma diferente.


"A base está sendo feita por profissionais de mão cheia, casos do Paulinho e do Osmar, mas precisamos dar um suporte a eles, internamente. Não podemos só trabalhar o futebol".

 

 TEMPO TODO - Sobre base, disse que vai melhorar, mas com a saída de Felipe Scherer, que baque foi esse? Ele foi anunciado pelo então presidente Lauro Hass com grande entusiasmo. Felipe bancava guris de fora e valores. Que base é essa que será melhorada?


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VILSON HEPP - Nós temos um projeto aprovado há dois anos, de 645 mil reais. Até então estava na gaveta, porque não precisava, o aporte financeiro foi muito importante, até dezembro. E aí começamos a olhar onde havia alternativas e oportunidades para suprirmos essa falta do financeiro que vinha do Felipe. Está encaminhado o projeto, também agora, através do Schirmann(Arcelor Mittal). Esperamos conseguir buscar essa verba ainda este ano. Valor significativo para nós, 645 mil aprovados, agora é buscar os valores com alguém. Para o ano que vem já temos outros projetos encaminhados, todos direcionados para a base. Temos que profissionalizar. Hoje não temos estrutura física, nem para cuidar a parte emocional da gurizada, nem a física. Está sendo feita por profissionais de mão cheia, casos do Paulinho e do Osmar, mas precisamos dar um suporte a eles, internamente. Não podemos só trabalhar o futebol. Com bons alojamentos, bom profissional na preparação física, na alimentação, no psicológico, fisioterapia, essa soma vai acontecer. Por isso falamos: o clube precisa se profissionalizar cada vez mais. Se o clube quiser crescer mais ainda, pois já fizemos futebol profissional meio apertado, mas a base, o aporte financeiro, boa parte o clube está absorvendo, juntamente com Osmar e Paulinho. Estamos trabalhando dessa forma e fazendo futebol, conquistando, mas precisamos melhorar. É muito pesado, às vezes, compreender as partes externa e interna -  por que ciclano saiu – é aporte financeiro. Não se sabe se sai sub-20, talvez nem saia, temos guris alojados aqui no clube, outros em hotel e é difícil, sub-17 vai jogar em alguns dias, a sub-15 também. Em julho, temos que levar, achar alternativas e sermos inovadores. Trabalhar muito, pensar mais, não culpo A , B ou C. O momento é de calamidade pública. E o que ainda virá. Hoje, aporte financeiro, você pede um patrocínio para uma empresa: valores baixos, tudo bem, mas valores para patrocinar uma Copa não é fácil. Vamos trabalhando dessa forma, preparar bem para o Gauchão, para Série D, isso já temos definido. Até para alguns nomes com o departamento de futebol  já há sondagens, acordo verbal, sendo planejado para 2025.

"Às vezes os avanços são mais rápidos  e não digo que não tem competência, tem sobrando, mas aquela paciência de agir um pouquinho mais, já estão mais acomodados, já com a missão cumprida".
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TEMPO TODO - Ano passado o senhor disse ter acordado o monstro (se referindo à volta de Sadi Pereira, Sebastiany e Pitol como grande destaque), e agora a maioria é de jovens na chapa. O que aconteceu exatamente? Eles não compreendem a sua forma de administrar, reviu isso em um ano ?


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VILSON HEPP - Não, não, nada disso. Quando convidei esses "monstros", as "feras" (Sadi, Sebastiany e Pitol), já não queriam, eles não queriam, mas pela minha pessoa participaram dessa composição, do tampão até o próximo ano, deixaram bem claro já no início. Sempre há dicordâncias. Mas já fizeram tudo o que tinham para fazer. Eles falaram isso em reunião para nós. Essas "feras" merecem muita gratidão. Tanto da imprensa como de nós. Pelo que foi feito anos atrás. E essa evolução de nomes, sempre tem acontecido, nomes novos. Eles são conselheiros natos, vão participar do clube. É normal isso, hoje, dentro de uma diretoria. Eu também participei sete anos, cheguei e disse que não ia participar mais, opção minha, profissionalismo, externo. Às vezes os avanços são mais rápidos,  e não digo que não tem competência, tem sobrando, mas aquela paciência de agir um pouquinho mais, já estão mais acomodados, já com a missão cumprida. Imagina, em 2005 até hoje, eu e o Sadi trabalhamos oito, nove anos juntos, para hoje estar aqui como presidente  e solucionando quantos mil problemas dentro do clube juntos. A evolução vem vindo. Geração nova vem vindo, novas tecnologias, novos avanços, não só dentro do clube. Eu falei do Tiago (diretor de futebol Tiago Stragliotto). Ele nos encaminhou para os projetos. Até então a gente não tinha nenhuma pessoa ou empresa especializada nisso. Veja bem: Tiago nos deu a oportunidade hoje de dar um "up" no clube. Que bom! Precisamos disso. E juntos somos fortes, com certeza. Divergências sempre vão ter, de ideias, políticas. Não olhamos para isso, a composição da nossa chapa hoje. Veio a oposição do ano passado participar esse ano. Às vezes o bom entendimento e, às vezes, a palavra dói mais que um tapa na raiz do ouvido, as palavras doem. Quando comecei no ano passado ouvi muitas ofensas, mas superamos tudo isso para o melhor do clube, e conquistamos vitórias. Se nós déssemos trela para todo mundo, até o Brasil não ia para frente. Temos hoje que ser bem cientes. O clube estar com as pessoas certas, aceitar o desafio, procurar sempre a superação, e é isso que acontece: vitórias. Ambiente lindo, todo mundo feliz aqui, torcida, os títulos, em dois anos 4 títulos. O ano de 2022 com o vice da Recopa, 2023 campeão da Copinha, campeão da Recopa. Qual o clube do interior do estado que temos hoje com esses títulos? Pergunto: qual é o motivo? É a união de todos, a soma, e contratação de jogadores que têm que dar certo. Aceitar o desafio. Não pode faltar nada. Boa alimentação, boa moradia, bom ambiente, de eles virem com esposas, com a família, sempre juntos conosco, é isso que soma para os resultados. Internamente, nós temos divergências, mas no vestiário, não. Objetivo é único. Falta mais um painel (na parede do vestiário). O título da Recopa foi conquistado, não comprado. Melhor time dos últimos anos, vocês falam tanto, também tivemos, só não fomos mais adiante com resultados, vocês sabem, dificuldade muito grande com arbitragem. Primeiro jogo (Gauchão), é lastimável olhar aquele lance, olhei mil vezes contra o São José, nos roubaram. Não nos afetou. Levantamos a cabeça. Essa postura ajuda muito fazer crescer o clube. E os mais fracos se acomodam. Nós somos o contrário. Essa nossa composição tem esse mesmo pensamento. Buscar sempre mais. Criar forças a partir das dificuldades, e essa é a diferença dentro do nosso grupo.

 
 
 

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