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No primeiro Gre-Nal do ano, Grêmio vence por 1x0

  • Foto do escritor: Luiz Henrique Berger
    Luiz Henrique Berger
  • 16 de fev. de 2020
  • 3 min de leitura

Por Alexandre Patz Hein*


Na tarde deste sábado o Internacional recebeu o Grêmio no estádio Beira Rio e conheceu sua primeira derrota no Gauchão. O colorado tem uma semana importante de definição da sua vaga na Libertadores. O tricolor, por sua vez, avança à final do primeiro turno do Campeonato Gaúcho e espera seu adversário do confronto entre Caxias e Ypiranga.

Para ambas as equipes, este seria o primeiro jogo do ano enfrentando um adversário mais qualificado. Uma partida onde o torcedor e a imprensa colocam à prova os modelos de jogo que estão sendo apresentados até então. É neste tipo de jogo que conhecemos realmente o poder das equipes, é aqui que talvez possamos fazer alguma projeção mais acertada para o ano.

O Internacional, com seu novo treinador e suas novas ideias, viria a campo com sua nova estruturação no momento ofensivo (a saída em 3), a intensidade para recuperar a bola após perda, uma marcação mais avançada e ativa, os laterais dando amplitude a equipe, entre outros conceitos que estão sendo implementados por Coudet. E foi isto que o Inter tentou apresentar.

Pelo lado do Grêmio, era esperado uma equipe jogando no seu tradicional modelo (posse de bola, pressão sem a bola, os volantes armando/controlando o jogo, entre outros conceitos), mas não foi o que vimos. O tricolor mudou sua proposta de jogo. Saiu do 4-4-2 sem a bola e com a entrada de Matheus Henrique, estruturou-se num 4-1-4-1. A equipe de Renato marcou em uma linha mais recuada para buscar os contra ataques, proposta que não é muito utilizada pelo Grêmio.

Vamos ao jogo.

Os 45 minutos iniciais mostraram um Grêmio superior. A proposta de Renato foi efetiva e o tricolor soube aproveitar os erros do Inter, criando quatro chances claras de gol. Em duas delas, marcou com Everton, mas os tentos foram anulados corretamente. Nas outras duas, as chances mais claras da partida, foram desperdiçadas por Alisson e Diego Souza. O gol não saiu, mas a proposta estava ali e bem executada. O Inter assustou em uma cabeçada de Guerrero na metade final do primeiro tempo e ainda teve Musto expulso após puxar Diego Souza.

Para quem esperava uma segunda etapa onde só o Grêmio atacaria e pressionaria, viu o contrário. O Internacional voltou melhor, mais organizado e concentrado. Coudet posicionou sua equipe em um 4-4-1 e contou com um Grêmio por vezes preguiçoso, achando que venceria a qualquer momento. O colorado bem posicionado, passaria a ganhar o meio de campo e com D’alessandro inspirado e se movimentando muito, levaria perigo a meta de Vanderlei em chutes de Edenilson, Boschilla e D’alessandro. O Grêmio respondeu em cabeçada de Thiago Neves na trave, mas não produziu muito. O tricolor parava no último passe, às vezes precipitado, às vezes mal escolhido. Na parte final da partida, com as duas equipes cansadas, o Grêmio controlava a bola e procurava o gol que não parecia que viria a acontecer. Foi então que apareceu a individualidade de Everton, que fez boa partida. O atacante do Grêmio abriu espaço na ponta esquerda e cruzou na medida para Diego Souza fazer um belo gol de cabeça. Grêmio 1x0. Guerrero ainda iria obrigar Vanderlei a fazer boa defesa, mas já não havia mais tempo para nada.

Um Gre-Nal com propostas diferentes onde o Grêmio, apesar de ter menos a posse de bola, teve chances mais claras e saiu vencedor.

Acredito que o torcedor da dupla Gre-Nal nunca pode estar conformado, a grandeza dos clubes não permite. Ao torcedor colorado, dar mais tempo a Coudet parece um bom caminho. As ideias estão ali, mas as escolhas de quem as executa deve ser questionada. Jogadores com as mesmas características em campo (Musto e Lindoso), a falta de jogadores mais ofensivos nas posições do meio campo (Edenilson e Patrick) e a escolha por Fuchs são pontos a serem cobrados. Da mesma forma no lado azul. A equipe do Grêmio oscilou muito dentro do jogo cedendo espaços para ser atacada mesmo com um jogador a mais e quando foi pressionada, no primeiro tempo, dificilmente conseguiu sair jogando. Renato e Coudet tem tempo para trabalhar, respaldo das suas diretorias e plantel para aplicarem suas ideias. Torcemos para termos mais clássicos no ano para colocarmos a prova – e cobrarmos - as equipes.


*Mestrando em Ciências do Movimento Humano na UFRGS. Bacharel em Educação Física pela UFRGS; treinador da equipe de Futsal Masculino da UFRGS e personal trainer voltado ao treinamento esportivo. Ex atleta de futebol e futsal,apaixonado pelo jogo bem jogado.

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