"Se errar, buscar de novo e insistir"; a receita de Paulo Henrique para a estreia
- Luiz Henrique Berger
- 23 de jan. de 2022
- 3 min de leitura

A fase final de treinamentos antes da estreia teve atividades em dois turnos no sábado e mais um trabalho técnico na manhã do domingo. Com a proximidade do jogo de abertura, até os mais experientes não escondem o aumento da ansiedade antes do Campeonato Gaúcho. Para o São Luiz, tudo começa quinta-feira, 19 horas, no Colosso da Lagoa, contra o Ypiranga.
Paulo Henrique Marques vai para o seu 16º Gauchão, somando os anos de atleta, gerente de futebol, coordenador e treinador. "Sempre antes de começar tenho medo; o campeonato é muito forte, todos estão trabalhando forte".
O treinador do São Luiz faz uma separação entre os 12 clubes que entram na disputa. Coloca Juventude, Internacional e Grêmio num patamar acima em comparação aos demais. Para ele, "caem dois de nove, e não de 12", deixando a dupla e o time caxiense, integrante da primeira divisão nacional, fora desse contexto. Entre esses nove, "ninguém está gastando menos; tudo está muito parecido; todas as condições oferecidas pelo São Luiz também são dadas aos demais". E para o Gauchão que inicia quarta-feira com quatro partidas, no entendimento de Paulo Henrique, "não tem ninguém começando como candidato ao rebaixamento. São nove brigando para se manterem".
A ideia de time para quinta está clara para o comandante Rubro. Os conceitos de jogo foram treinados repetidamente, reproduzindo os movimentos coletivos pensados para as partidas. Ele reconhece, no entanto, que "é muito cedo esperar que o time reproduza o que queremos já no início", mas conforma-se ao dizer que "os outros também terão dificuldade".
Elogios mesmo vão para a parte física. "Muito perto do ideal", diz ele, enquanto técnica e taticamente o time esteja 50 por cento, observa Paulo Henrique.
Para quinta-feira, em Erechim, Paulo Henrique tem enfatizado ao grupo o que deseja. E voltou a falar do assunto no treino de sexta-feira. "A importância de entender os princípios de jogo, os conceitos colocados". E mais, ao falar do time, disse não procurar quem joga melhor, mas quem faz melhor. "Não é o que tem mais qualidade, mas aquele que executa o que tem de ser executado. Às vezes fica de fora um de mais qualidade em detrimento de outro que executa o plano", reforçando a máxima de "sozinho você não ganha de ninguém; é uma engrenagem".
A respeito dos citados conceitos de jogo, Paulo Henrique vai direto ao assunto. "Não interessa ter posse no meu campo, e sim, no campo ofensivo". E acrescenta: " Quando errar, buscar de novo, insistir". O objetivo maior "é estar melhor que o adversário", simplifica o treinador.
O time está definido, mas não anunciado. Com um volante fixo à frente da zaga, dois atacantes de lado e um centroavante de movimentação, o São Luiz vai para a disputa contra o Ypiranga.
Reconhecendo que tudo está muito no princípio, o técnico do São Luiz defende uma equipe equilibrada, "com muita dinâmica e que saia rápido para o ataque. Que crie oportunidades, chute a gol, chegando muito na linha de fundo".
Há dois anos estreando e perdendo fora de casa para o Ypiranga, o São Luiz quer mudar essa escrita. Paulo Henrique sabe que não pode contar somente com vitórias em casa e valoriza a importância de pontuar na estreia. "As vitórias fora de casa são as que darão classificação, até porque ninguém vai ganhar todas em casa".
"Se quiser conseguir alguma coisa no Gauchão, tem que ganhar fora", ensina o treinador.
As duas últimas estreias foram com derrota. E para o mesmo adversário. Mudar a escrita é a intenção. Em 2019, em Erechim, o São Luiz foi derrotado pelo time da casa por 1 a 0. Ano passado, cumprindo punição com perda de mando, foi goleado pelo time de Erechim na Arena do União, em Frederico Westphalen, por 3 a 0.
Comments