Que São Luiz teremos ?

Por Fausto Bertoldo

Foi enorme a decepção com a não classificação do São Luiz para a fase semifinal do Gauchão 2022. E também com a perda da vaga para o Campeonato Brasileiro da série D de 2023.

Houve perdas nos campos técnico e financeiro, afinal, por ter ficado em nono lugar na classificação geral do Gauchão, o time ijuiense deixou de levar 80 mil reais em premiação adicional, dada aos oito primeiros. Some-se (ou diminua-se) ao valor mais 400 mil reais do patrocínio do Banrisul para a série D do ano que vem, lembrete feito pelo presidente do clube, Lauro Hass, em coletiva na tarde de quarta-feira.

Virou-se a página no campo esportivo, saindo o técnico Paulo Henrique Marques, agora no São José, e chegando Daniel Franco, ex-União Frederiquense. O novo comandante, 50 anos, ex-atleta de destaque, formação em Educação Física, detentor da licença A da CBF e muitas temporadas também trabalhando com categorias de base, deverá dar uma "nova cara" ao time de Ijuí, especialmente no que se refere à média de idade do grupo de atletas ( no Gauchão, o time titular tinha, de média, 30 anos).

Médio prazo (três, quatro anos): é esse o tempo para que o São Luiz cresça de patamar no cenário esportivo gaúcho, quiçá brasileiro. A estrutura fora de campo vem sendo mudada, mas o time, dentro das quatro linhas, ano após ano, continua tendo como objetivo principal, às vezes único, permanecer na série A do futebol gaúcho. E não vai ser com 1500 sócios que a mudança de patamar vai acontecer.

As comunidades local e regional precisam abraçar o clube, não sem antes, dentro da condição financeira de cada um, pessoa ou empresa, também colocar a mão no bolso.

Valores de R$ 35, R$ 55 ou R$ 80 mensais para se tornar sócio em um dos lugares disponíveis no estádio 19 de Outubro é muito? É pouco? É o necessário, diria.

Para quem quiser continuar assistindo ao futebol profissional em Ijuí, o valor está dado. Porque o preço, mesmo, a gente só vai saber mais adiante.

Avante, São Luiz, avante!