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Caxias controla o Grêmio, é campeão do turno e está na final do Gauchão

  • Foto do escritor: Luiz Henrique Berger
    Luiz Henrique Berger
  • 23 de fev. de 2020
  • 3 min de leitura

* Por Alexandre Patz Hein


O Caxias, por ter melhor campanha, recebeu o Grêmio na tarde de sábado e fez valer o fator casa para conquistar o primeiro turno do Gauchão, agora pode fazer um segundo turno com tranquilidade ou buscar o título durante o returno e eliminar a grande final. Já o Grêmio teve sua segunda derrota do ano para a equipe da serra gaúcha e terá uma segunda parte do campeonato de escolhas: focar somente na Libertadores e deixar de lado o estadual ou focar em ambas e dar uma carga grande de jogos aos titulares, o que sempre foi uma reclamação do técnico Renato.

O que eu vi durante os 90 minutos.

Uma partida de opostos, de propostas e execuções distintas. Enquanto o Caxias apostava em um jogo de forte marcação e transições, o Grêmio tinha como ideia o controle da bola e dos espaços através do seu meio de campo. Estas foram as propostas que podem ou não dar certo, e para isso, dependem da sua execução.

Aqui entramos no fator que venceu o jogo.

Enquanto o Caxias era uma equipe muito concentrada na execução das suas ideias, o Grêmio era o mesmo time dos últimos anos, lento, previsível e sem criar chances reais de gol. A equipe tricolor levou real perigo uma vez apenas em 90 minutos. Diego Souza perdeu chance clara aos 15 da primeira etapa. Já o Caxias foi muito seguro defensivamente e criou duas chances – além do gol - que Vanderlei salvou na segunda etapa.

A equipe de Caxias do Sul fez uma partida impecável dentro do seu modelo. Sempre ofereceu o lado do campo para o adversário atacar, em alguns momentos utilizou-se de uma linha de 5 jogadores na defesa onde os zagueiros podiam se desprender da sua zona e acompanhar Everton e Alisson de perto, fez transições ofensivas com qualidade, a sua bola parada foi uma forte arma no ataque. Fez uma partida de muita concentração mental, onde acreditou os 90 minutos que suas ideias dariam certo e o gol no final da partida foi um prêmio para os jogadores que se dedicaram tanto na execução das ideias do treinador Lacerda. Partida semelhante, o Caxias havia feito contra o Botafogo na Copa do Brasil, mesmo o resultado não mostrando o que foi o jogo.

Do lado tricolor, mais do mesmo. Desde 2018 o Grêmio faz partidas assim, onde tem a bola mas não consegue transformar isso em chances reais de gol. Não é uma equipe produtiva. O Grêmio buscou o controle do jogo com Maicon, Matheus Henrique e Lucas Silva e até teve mais a bola, mas no momento e nas regiões do campo que precisava de mais movimentação, de infiltrações, jogadas individuais, foi muito previsível e nada produziu. Everton se posiciona por dentro e se torna um jogador comum, Cortez tem dificuldades de definição pelo lado, a trinca de volantes não foi produtiva, Diego Souza tentou de todas as maneiras cavar um pênalti (atitude vergonhosa do atleta), apenas Alisson foi uma boa peça na partida. Sem a bola, a equipe apresenta as mesmas dificuldades dos últimos tempos, parece que não tem um

modelo definido, cada jogador faz uma escolha de como quer marcar, não se tem um padrão e conceitos defensivos não são vistos.

Renato Gaúcho deve ser questionado. Se o tricolor quer vencer competições mais importantes durante o ano, o treinador precisa apresentar mais da sua capacidade e parar de dar desculpas. A desculpa da vez foi um pênalti não marcado e mesmo que fosse marcado, não apagaria a má atuação da equipe. Isso não pode ser uma cortina de fumaça para não analisarmos o futebol apresentado pelo Grêmio. Nos últimos anos escutamos que o calendário no Brasil é pesado, que o adversário gastou 200 milhões de reais em contratações, o gramado não era bom, entre outros. Está na hora de fazer uma análise mais profunda. Por quê perdeu?

Onde errou? O que fez de errado? Por quê não produziu mais? O ano é 2020 e ninguém mais é bobo para acreditar em análises rasas.

Para fechar. Em alto e bom tom: o Caxias mereceu vencer o Grêmio, mais uma vez.



*Mestrando em Ciências do Movimento Humano na UFRGS. Bacharel em Educação Física pela UFRGS; treinador da equipe de Futsal Masculino da UFRGS e personal trainer voltado ao treinamento esportivo. Ex atleta de futebol e futsal,apaixonado pelo jogo bem jogado.

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1 comentário


Mateus Mapa Berger Kuschick
Mateus Mapa Berger Kuschick
24 de fev. de 2020

é isso mesmo! um gol que foi uma pintura. um minuto atrás o Caxias teve uma chance clara de gol que o goleiro do gremio defendeu (já percebi no grenal que se ele defende uma bola já sai rezando um avemaria, apontando pro céu...). não tinha nem terminado de rezar o terço e levou o gol. Baita vitoria do Caxias e baita texto. Parabéns

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