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Sob aplausos, Lauri Wadas é sepultado no cemitério de Barreiro

  • Foto do escritor: Luiz Henrique Berger
    Luiz Henrique Berger
  • 8 de jul. de 2022
  • 3 min de leitura

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Não poderia ser de outra forma. Uma despedida para o extrovertido Lauri tinha de ser com aplausos, que começaram ainda no velório, na Capela da Lupatini da Avenida Getúlio Vargas.


Amigos falaram. Com dificuldade, pela emoção, mas conseguiram expressar com muita sabedoria quem era o amigo de quem estavam se despedindo.


Vlade Burtet lembrou para Tiago, o filho de Lauri, o quanto o pai falava sobre ele e se orgulhava do filho que tinha.


Renato Moraes, que esteve ao lado de Lauri nos últimos momentos, no dia anterior, na quadra de tênis da Recreativa, expressou toda a amizade e respeito que tinha por Lauri, seu afilhado e amigo de uma vida. Para o filho Tiago, o pai Lauri vai continuar vivo na memória e no coração de todos.


Nas conversas entre amigos da bola e de outras profissões, por onde Lauri passou, o assunto eram as qualidades do guri que veio cedo para a cidade, que estudou no Ceap, trabalhou em banco, empresa privada, Cotrijuí, foi representante comercial, e jogador de futebol e de futsal. E dos bons.


Não faz muito, Ari Bertollo, em entrevista no canal TempoTodo, escalou a seleção do Ouro Verde de todos os tempos. Incluiu Lauri, o que deixou o ex camisa 8 do Verdão muito orgulhoso. Quando soube da entrevista, se interessou em saber logo como poderia ver o amigo Ari o escalando no melhor meio campo da história do time do Bairro Assis Brasil. Queria o link da entrevista, contou Getúlio de Lima, o Queixinho, responsável por passar o endereço eletrônico para que Lauri assistisse o programa.


Lauri, onde chegava, levava, além de boas histórias, diversão, muita diversão, camaradagem, contagiando a turma.

Nos jantares das turmas de quarta, quinta, sexta, não tinha pressa para ir embora. Pelo contrário, tinha assunto até o último amigo pegar o caminho de casa. E sempre disposto a preparar o jantar, servir os amigos e conversar, bater papos intermináveis, sem jamais faltar uma cervejinha.

Lauri vivia com intensidade. Vivia o hoje. Adorava a vida que levava. Adorava viver e estar entre amigos. Quando o assunto era a saúde, desconversava. Ou, bem ao seu estilo, vinha com uma de suas sacadas engraçadas, como fez enquanto jogava tênis na quarta-feira, passando no peito sua “pomada milagrosa”.


Só que essa última não teve graça. O sempre disposto Lauri caiu, provocando nos amigos, por alguns segundos, uma dúvida se não estava aprontando mais uma das suas. Para tristeza de todos que conviveram com o “Titio”, como ele se autodenominava, um infarto fulminante fez parar o coração desse sujeito muito especial.


Por isso, a comoção na despedida, entre a noite de quarta e manhã e tarde de quinta-feira. Cada um que lá esteve para se despedir de Lauri tinha uma história para contar. E para variar, de momentos alegres, ligados ao esporte e às brincadeiras que eram uma especialidade dele.


Bertil Hamarstron, ao som do Hino do Ouro Verde, já no Cemitério de Barreiro, falou da fidelidade de Lauri. "Um verdadeiro amigo fiel", definiu o companheiro de tantas tabelas e vitórias em campo. Amigo da bola, amigo de grupos que sentem-se órfãos agora pela perda inesperada. Bertil também lembrou da expressão "SÓ ALEGRIA", que respondia sempre que vinha a pergunta - Como está TITIO? .


E ele era só alegria, principalmente para os que estavam ao lado dele e conviveram por décadas com esse meia direita que chegou a jogar no São Luiz, na volta do Rubro, em 1986, uma unanimidade no time, pelas atuações no meio campo do Ouro Verde. No futsal, o ala direito de times importantes dos anos 80, como AR Pederiva e Silencar, quando cortava para direita, vinha um chute potente com pontaria certeira.


O que vai ser do grupo da Recreativa sem o Lauri, ouvi de um. Logo em seguida, escuto de outro: e o que vai ser das sextas-feiras do Ouro Verde sem o Lauri.

Seguimos nós, nos reunindo, nos abraçando, estendendo a mão, convivendo, jogando bola, jogando tênis, e guardando na memória a alegria de ter convivido com essa figuraça!


Palmas, muitas palmas para Lauri!

 
 
 

2 Comments


jouberto.matte
Jul 08, 2022

Convivi muitos destes anos com Lauri... na Afucotri - desde o acidente na volta do Carnaval de Ajuricaba, nos encontros alegres falando de futebol, família / filhos... no lado profissional troca de experiências, nos jogos festivos Gaúcho e Ouro Verde.... e ultimamente no meu trabalho em frente sua residência, quase que diariamente pessoalmente ou então todos as noites pelo whats com a sua mensagem desejando Boa Noite!! Vários convites para jogar futebol no Gaúcho + de 45 anos, o qual sempre respondia que precisava emagrecer um pouco e cuidar com a saúde/exames... Não é de acreditar que um "jovem" parta tão cedo... merecia aproveitar mais sua vida com os amigos, pescarias, tênis, saunas... cuidados com veículo (sempre limpo).. Só po…

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luizhberger
Jul 08, 2022
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Bem isso, Jouberto. Ele era muito presente na vida de muita gente. Feliz de quem conviveu com o Lauri. E, concordo. É de não acreditar que ele partiu.

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